terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

- RECREAÇÃO DRAMATIZADA






Consiste na dramatização de uma história que inclua movimentos, que são feitos de forma imitativa pelas crianças durante a narrativa. Desperta muito interesse para o grupo de 4 a 7 anos e sua duração deve ser de 20 minutos aproximadamente.
A recreação dramatizada exige uma preparação: o conhecimento dos personagens e seus movimentos, para evitar muitas explicações durante a narrativa. Tratando-se de crianças menores, o educador vai ao lado ou à frente do grupo, propondo os movimentos de acordo com a narrativa.
Avaliar o interesse pelas atividades propostas, adaptando a história se necessário, de modo a atender as necessidades e interesses de cada faixa etária. Levar em consideração as sugestões das crianças, desde que não envolvam ações deseducativas como “assaltar”, “ matar” etc.
Exemplos de recreação dramatizada:
a- O anãozinho do bosque
Certo dia, um anãozinho que morava num bosque acordou bem cedinho, abriu a porta de casa e foi olhar o céu para saber como estava o tempo. Sentiu o ar perfumado do bosque. Como estava agradável! Então, respirou devagar e profundamente. (exercício respiratório três vezes, levantando e abaixando os braços, acompanhando os movimentos da respiração).
O anãozinho sentiu-se forte e resolveu rachar lenha para acender o fogão. Foi apanhar o machado. Mas como era pesado para um anãozinho! Tentou levantá-lo (pernas afastadas, flexão de tronco e braços)... até que conseguiu colocá-lo sobre o seu ombro (braço direito flexionado).
O anão foi caminhando pela trilha do bosque (andar com as pernas flexionadas). Era um caminho longo e cheio de voltas. (andar em diferentes direções.)
Chegou a um lugar onde havia muitos tocos de árvores. Segurou firme o machado e começou a rachar a lenha (pernas afastadas flexão de tronco com os braços esticados, mãos entrelaçadas imitando o gesto de rachar lenha).
Que trabalho! O anão segurou a lenha com o braço esquerdo (mão esquerda apoiada na cintura), o machado com a mão direita (gesto) e lá foi o anãozinho de volta para casa, caminhando pela trilha do bosque (andar com as pernas flexionadas). A lenha estava pesada e ele correu para chegar mais depressa (corrida). Depois, cansado, andou bem devagar (marcha lenta)
Chegando em casa o anãozinho colocou a lenha no fogão, acendeu o fogo e foi fazer um bolo. Bateu, bateu, bateu a massa (movimentos circulares com o braço). Pôs o bolo para assar.
Enquanto o bolo assava, o anãozinho foi varrer sua casa. Abaixou-se para varrer bem embaixo dos móveis (flexão do tronco e movimento dos braços).
Depois, limpou as janelas que eram altas (esticar bem o tronco, na ponta dos pés, com flexão e extensão dos braços).
A casa ficou limpa e cheirosa. Mas o anãozinho estava cansado. Deitou-se, relaxou bem o corpo, ficou respirando calmamente (relaxamento e respiração). O anão pegou no sono e até roncou.
Mas, que cheiro é este? É cheiro de bolo pronto. Sentem-se todos. Quem gosta de bolo? Quem quer comer bolo? Quem quiser comer deve levantar-se três vezes sem colocar as mãos no chão (levantar só com o apoio dos pés).
Então, vamos! (correr, dando voltas pelo pátio, dirigindo-se depois para a sala ou outro lugar onde está um bolo para ser servido)
b- O passeio no rio
Uma família resolveu passar o domingo numa praia. Não era uma praia de mar, mas uma praia de um rio muito grande e largo, tão grande e tão largo que tinha muitas praias. Pela manhã arrumaram uma mochila e saíram brincando muito felizes (em fileira, andando e cantando: 1, 2, feijão com arroz; 3, 4, feijão no prato). Andaram por várias ruas, pararam em alguns sinais (paradas súbitas, que exigem atenção do grupo). Viram que o ônibus já estava saindo! Correram para pegar o ônibus (corrida).
Conseguiram!. Guardaram a mochila na prateleira do ônibus (esticar bem o corpo, na ponta dos pés, braços para cima). Em seguida sentaram e descansaram. E nós também (sentar, relaxar e respirar lentamente três vezes)
Chegaram à praia. Apanharam a mochila e desceram do ônibus. (o inverso do movimento de guardar a mochila)
Foram correndo para à praia. O sol estava forte. Ui! Que areia quente! (correr elevando bem os joelhos).
Chegaram a um lugar onde a areia não estava quente! Podemos ficar aqui e começar a brincar – disseram as crianças.
Enquanto o papai arrumava a barraca, Ricardo e Vera fizeram vários amiguinhos. Primeiro foram jogar bola (movimentos sucessivos de flexão e extensão dos braços).
Depois resolveram fazer uma corrida de canguru na areia, para ver quem chegava primeiro (pequenos saltos com os pés juntos, na ponta dos pés, braços flexionados)
Quem chegou primeiro foi Vera, que escolheu a nova brincadeira: correr imitando as gaivotas que estavam voando em bando sobre a praia (correr lentamente com os braços abertos, alternando movimentos do tronco para direita e para a esquerda, acompanhando o ritmo da corrida).
As crianças chegaram a um muro baixinho. Ricardo bem depressa subiu e andou equilibrando-se em cima do muro. Todos foram atrás dele. E nós também vamos (andar aproximando a ponta do pé, que está atrás, do calcanhar do pé que está na frente, equilibrando-se).
De repente, ouviram a voz do papai chamando de volta os meninos. Correram para junto dele e foram todos nadar (movimentos alternativos  de braços para frente e para trás). Que água gostosa!
– Olhem quantos peixinhos – gritou a Vera. Vamos dar comidinha para eles!
Depressa pegaram miolinhos de pão e jogaram para os peixinhos (gestos de arremessar, cinco vezes com cada mão). Os peixinhos comeram todo o pão e foram embora.
A família divertiu-se muito na água, com papai e mamãe tomando conta. Quando cansaram, saíram da água e fizeram um exercício de respiração (respiração lenta e profunda). Depois foram tomar sol. Nós também vamos fazer o mesmo (deitar e relaxar como se fosse um bonequinho mole. Em seguida, dar ordem de levantar e todos retornam cantando para a sala.)

O SER: CORPO E ESPIRITO (1)

OBJETIVO:
Identificar-se como espírito imortal que possui temporariamente um corpo físico, que lhe serve de instrumento para seu progresso.

1. ATIVIDADE DINÂMICA
BERLINDA
O grupo organiza-se em uma ou mais fileiras em semi-círculo.  Uma criança, por vez, senta-se em frente ao grupo, na “berlinda”.  Outra criança fará cinco perguntas ao entrevistado, sendo que duas são obrigatórias:
– Como você se chama?– Quantos anos você tem?
Outras perguntas podem ser feitas:
– Onde você estuda?–  Qual a cor dos seus olhos?– A que horas você dorme?– Você acorda sozinho ou precisa que alguém o chame?– Qual o programa de TV que você gosta?– Qual a sua altura? (possibilitar a medição caso a criança não saiba).
Obs.: O ideal será que todos passem pela “berlinda”, ainda que em dias diferentes, pois esta é uma dinâmica para conhecimento do grupo.
2. HARMONIZAÇÃO INICIAL
3. ATIVIDADE INTRODUTÓRIA
3.1- Apresentar o anexo 1 e perguntar se identificam as aves (pato, periquito, galinha, beija-flor, tucano e águia). Dialogar sobre as diferenças de bicos, que estão perfeitamente adaptados ao tipo de alimentação da ave; de pés, conforme o meio onde vive.
3.2- Perguntar o que sabem sobre a vida das águias:
· onde vivem (alto das montanhas)
· como é a visão (vêem a grandes distâncias)
· onde voam (voam a grandes alturas)
3.3- Dizer que contará uma história de uma águia que não sabia quem era.
   4. ATIVIDADE REFLEXIVA
4.1- Narrar: a águia que não sabia quem era (adaptação do conto de James Aggrey).
4.2- Desafiar o grupo dizendo que irá fazer algumas perguntas para ver se conhecem a si próprios ou se vivem enganados como a águia. Pedir que o grupo escolha três colegas a fim de formarem um júri para avaliação das respostas que serão dadas, devendo completá-las ou corrigi-las, conforme a necessidade. (Lembrar a atitude de respeito em relação às opiniões).

Exemplos de perguntas:
– Quem é você?
– Você é apenas este corpo?– A alma (ou espírito) morre?– Você é um espírito que tem um corpo?– Para que você nasceu neste mundo?
– Para que todos nós nascemos?– Existe alguém que nasceu para ser mau?
– Você é filho de Deus?

– Deus ama você?
4.3- Concluir o interrogatório afirmando que muitas pessoas vivem no mundo tal como a águia que pensava ser galinha:
São espíritos, mas pensam que são apenas o corpo;
São filhos muito amados de Deus, mas pensam que são esquecidos por Ele;
• Nasceram para tornarem-se bons, mas fazem os outros sofrer;
• Nasceram para fazer brilhar, cada vez mais, o “eu-luz”, mas preferem viver com o “eu-sombra”.
5- ATIVIDADE CRIATIVA
Propor que o grupo dramatize a história.  Nessas primeiras reuniões o grupo ainda pode estar inibido e, nesse caso, o educador deve auxiliar a dramatização no papel de narrador. O importante é que as crianças vivenciem as ações.
6- HARMONIZAÇÃO FINAL / PRECE
Realizar o mesmo exercício descrito no C.E.A I-2-21
7- Auto-Avaliação

A ÁGUIA QUE NÃO SABIA QUEM ERA


Fig. 1- 
Certa vez, não se  sabe como, uma águia bem pequena foi parar num galinheiro. Ali foi crescendo e aprendendo o jeito de viver das galinhas: os vôos rasteiros, o ciscar a terra, comer milho, dormir em poleiros, suportar o calor do sol. Enfim, fazia tudo que as galinhas que viviam ao seu redor também faziam.
Assim, foi esquecendo, aos poucos, lembranças do seu passado, das reais possibilidades dos seres da sua espécie. Nem os altos e elegantes vôos, nem o frio das regiões elevadas, nem a visão dos horizontes sem fim...
Certo dia apareceu no galinheiro um  homem que morava nas montanhas e conhecia o modo de viver das águias. E perguntou à águia com os hábitos de galinha:
– O que você faz aqui? Você não é galinha! É uma águia!
E ela respondeu:
– De jeito nenhum. Águia voa alto e eu mal sei voar... e nem quero aprender. A altura me dá tontura. É mais seguro andar aqui embaixo, comer o milho e dormir no poleiro.
Não houve explicação que convencesse a águia a explorar suas grandes possibilidades. Estava mesmo certa de que era apenas uma galinha.
Um dia o homem resolveu mostrar-lhe sua verdadeira origem. Agarrou a águia, levou-a para  o alto de uma montanha e soltou-a no abismo. A pobre águia cacarejava de pavor. Naquela aflição, vieram-lhe à lembrança suas características de águia e tentou o vôo, a princípio ainda receosa.

Fig. 2-
À medida que conseguia vencer as alturas, sentia a alegria da liberdade e, ganhando confiança, reconheceu que era verdadeiramente uma águia.

Ilustração: A águia que não sabia quem era

 Anexo 1



 Fig 1


 Fig 2




quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Tema: Emoções - 3 (para adolescentes a partir dos 13 anos, adultos e idosos

Objetivos:
- Reconhecer que as experiências vividas influenciam nossas emoções, sentimentos e atitudes, podendo gerar conflitos, traumas psicológicos e doenças.
 
- Identificar as atitudes adequadas para a conquista do equilíbrio do ser.

1. Atividade Dinâmica
2. Harmonização Inicial
3. Atividade Introdutória
Apresentar uma bonita figura de um campo e a seguinte situação:
– Você ganhou uma terra grande e produtiva com a condição de prepará-la, fazer a sementeira, cuidar, fazer a colheita, vender tudo que produzir, ficando com todo o lucro. Mas você terá de fazer tudo sozinho com ou sem máquinas. Que emoção sentiria se isto acontecesse: alegria? esperança? dúvida? desânimo?
– E uma pessoa que tenha cultivado uma terra e ao final perdeu tudo, o que provavelmente sentiria se recebesse outra vez uma terra para cuidar?
4- Atividade Reflexiva
4.1- Ouvir os participantes e, a partir das prováveis respostas, levar a refletir que:
Ü Diante de uma mesma situação, as pessoas têm reações diferentes e em intensidades diferentes.
Ü As experiências anteriores, felizes ou infelizes, de êxito ou fracasso, influenciam nossas emoções e atitudes.
Naquele caso da pessoa que não obteve resultados do seu esforço, pode ocorrer uma atitude de dúvida ou de total repulsa à idéia de novamente cultivar uma terra.
4.2- Questionar:
– Será que apenas as experiências de que temos lembranças influenciam nossas emoções? E o que vivemos quando bem pequeninos e de que não nos lembramos?
4.3- Ouvir as opiniões, destacando as seguintes idéias:
Ü O feto sente, de modo agradável ou desagradável, as emoções da mãe (é o que as pesquisas atuais indicam).
Ü Recebemos influências do ambiente desde que nascemos, registrando as emoções sentidas.
Ü Estas emoções, agradáveis ou não, vão ajudando a construir a nossa personalidade. Na infância registramos o que dizem de nós e, assim, aprendemos como devemos nos sentir em relação a nós ( auto-conceito) e aos outros.

4.4- Narrar o caso:
Maria desde que soube que estava grávida sentiu-se muito angustiada e infeliz. Nem ela nem o marido queriam o filho. Discutiram muito. Maria estava decidida a abortar, só não o fazendo porque sua mãe prometeu ajudá-la, financeiramente, a criar o filho.
Quando João nasceu, sua mãe não conseguiu amamentá-lo direito. Mal começava a mamar, Maria tirava-o do seio dizendo que ele já tinha se alimentado o suficiente. A criança continuava com a sensação desagradável de fome. A privação do prazer de alimentar-se (necessidade básica) era registrada na sua memória emocional como falta de amor, como rejeição. João foi crescendo assim...
Maria era impaciente e, por nada, vivia batendo no filho. A criança não entendia por que apanhava mas... guardava a dor e a emoção de não ser amado.
Na escola João teve dificuldades de aprender a ler e seu comportamento tornou-se agressivo... tal como fora criado. As dificuldades aumentaram. João não recebia os elogios que eram dirigidos aos colegas de melhor aproveitamento e conduta. Cada vez sentia-se mais rejeitado. Chegando à juventude, apaixonou-se por uma moça. O namoro corria normalmente até que, um dia, numa festa, a namorada deixou-o por alguns momentos para conversar educadamente com alguns amigos. João teve uma reação descontrolada. Provocou um escândalo, terminando o namoro. Ninguém entendeu o motivo daquela atitude.

4.5- Pedir que o grupo tente explicar a reação de João. Dialogar concluindo que:
Ü João, desde a vida intra-uterina, registrou rejeição afetiva. Sua personalidade formou-se sentindo-se rejeitado, o que lhe causava uma emoção muito desagradável.
Ü As emoções acumuladas abriram-lhe uma “ferida” emocional: a rejeição.
Ü Qualquer palavra ou atitude que tocasse essa sua “ferida” ou trauma, provocava uma reação emocional descontrolada. Daí o incidente com a namorada.
4.6- Perguntar:
– Na convivência com as pessoas é importante sabermos lidar com as emoções?
4.7- Através do diálogo levar a refletir que devemos:
Ü Ter cuidado com palavras ou atos para não atingirmos as “feridas” emocionais dos outros.
Ü Educar as crianças com respeito e amor, evitando traumas e oferecendo segurança emocional, suavizando as situações traumatizantes quando inevitáveis.
Ü Ter compreensão, benevolência e oferecer ajuda fraterna aos que têm dificuldades emocionais.
Ü Não culpar quem nos educou. Quando jogamos culpa nos outros não estamos usando o nosso poder de transformação. Somos seres conscientes, e não robôs, ou seja, podemos mudar o que não está bem dentro de nós.
5- Atividade Criativa
5.1- Formar subgrupos e pedir que criem tramas bem interessantes e com final feliz, envolvendo os sentimentos:
– amor, ciúme e perdão.
– tristeza, surpresa e amizade.
– vergonha, violência e paz.
5.2- O educador deverá acompanhar o desenvolvimento das tramas para orientar, se necessário, quanto ao encadeamento de personagens, trama, emoções e sentimentos, sem perder de vista os objetivos propostos.
6- Harmonização Final/ Prece
6.1- Da forma habitual com a visualização de um céu muito estrelado, usufruindo bem estar. Sentir a grandeza da Criação.
6.2- Meditar:
O poder Divino liberta-me do passado e me faz confiante e feliz.

7- Auto-Avaliação