segunda-feira, 16 de março de 2015

Técnicas e recursos com palavras e gestos.



· ARTES CÊNICAS
Englobam a dramatização espontânea, o  jogo dramático e o teatro.
ü Dramatização espontânea - É a dramatização de fatos imaginários ou da vida real, de cenas ou da totalidade de uma história narrada. O educador fica na posição de observador ou encena junto com os educandos, assumindo um dos papéis. Coloca à disposição dos educandos, principalmente para as crianças menores, roupas usadas (lavadas), bolsas, bonecas, maquiagem, espelhos etc., para que utilizem livremente esses materiais. A dramatização é um recurso com base na espontaneidade.
ü Jogos dramáticos - É, na prática, uma modalidade da  dramatização espontânea, pois é também uma improvisação  realizada a partir de temas ou situações. Permite grande número de participantes e o instrumento de trabalho é o corpo e suas emoções. Lançamos o tema e o grupo faz suas combinações durante o tempo determinado, para depois fazer a apresentação.
É preferível que, no  início, os temas sejam feitos apenas com a expressão corporal, sem diálogo. É importante que o educando compreenda bem a situação a ser dramatizada para que assuma as características físicas e psicológicas do personagem.  É também importante que cada um manifeste espontaneidade, porém mantenha o controle de suas emoções, consciente de que realiza apenas uma representação, e não um psicodrama, que deve ser usado só por especilaistas.
A vida de uma árvoreTodos participam, após um preparação em que se relembra as fases do desenvolvimento de uma árvore, desde a semente colocada na terra escura e fria até o seu pleno crescimento, oferecendo sombra e frutos.
1ª etapa:
sementes na terra (bem encolhidos no chão).
2ª etapa:
sol enviando seus raios para as sementes (uma  criança com máscara de sol).
3ª etapa:
germinação das sementes (levantam-se vagarosamente).
4ª etapa:
começam a brotar os galhos (movimento dos braços).
5ª etapa:
árvore adulta (de pé, braços estendidos).

O bebê que dorme
Um bebê está dormindo. Vai ser apresentado a cada criança, que deverá segurá-lo, acariciá-lo, expressar sua ternura e passar ao outro, com cuidado para que o bebê não acorde. Usar uma boneca envolta num pano.
Estas formas de dramatização desenvolvem atitudes de cooperação, auto-estima, e as capacidades de observação, expressividade  e criatividade.
ü Teatro - É a representação de uma história ou situação descrita num texto. É ensaiada, tanto a fala quanto a encenação. Geralmente utiliza cenários e fantasias para caracterização dos personagens, mas não são indispensáveis Estimula também a expressividade, a cooperação e a auto-estima. A apresentação teatral pode utilizar recursos diversos. Temos, assim, o teatro de fantoches, de sombras, de varas, de marionetes.
Fantoches
Podemos comprar fantoches de plástico, borracha, “papier-mâché”,. Também podemos confeccioná-los de modo bem simples como, por exemplo:
Fantoches para os dedos (dedoches).
Para a base usar rolo de papel higiênico reduzindo o círculo. Fazer os detalhes com durepóxi, cartolinas, “papier-mâché” etc. Pintar com tinta plástica. Colocar durex, contact incolor ou cola plástica para impermeabilização da base.


Fantoches feitos com luvas
Utilizamos uma luva, tintas e adereços, que podem ser nela colocados ou costurados. Os motivos podem ser flores, animais, ou até uma família usando um dedo para cada personagem. Um rosto recortado de revista também pode ser colado à luva

Fantoches feitos com dedos que viram pernas.
Para confeccionar estes fantoches, desenhe e pinte os personagens em cartolina ou papel cartão, recortando-os depois de pronto. No lugar das pernas (base do boneco) desenhar e recortar dois círculos, onde o manipulador enfia os dedos, movimentando-os como se fossem pernas.


                                        

Fantoches de saquinhos
Cada personagem é desenhado e pintado num saco de papel em que caiba a mão. Cole orelhas, dentes, bigodes e tudo o que a caracterização pedir.
Para animar o fantoche basta movimentar os dedos, abrindo e fechando a prega que deverá corresponder à boca. Isto dará a idéia de que o personagem está falando.
Coloque a mão em concha dentro do saco e as pontas dos dedos no meio da prega.


Fantoches de meias
Utilizando meias, botões, bolas de isopor, restos de feltro, lã e tintas para tecidos, podemos confeccionar interessantes fantoches de meias.
Para manipular os bonecos, enfie a mão e antebraço na meia, ajustando o calcanhar sobre os nós dos dedos.





A mão como fantoche
Até as mãos podem ser improvisadas como fantoches.
Desenha-se, pinta-se as mãos e as palmas das mãos com cores diferentes. Acessórios podem ser acrescentados para enfeitar as mãos, tais como: papel, lã, serpentina, meias, penas, fitas, franjas, etc.
A música pode ser utilizada para incentivar todos os movimentos dos dedos, mãos e braços.

 

 



TEATRO DE SOMBRAMaterial
ü cartolina preta
ü
 tesoura
ü
 lápis
ü
 arame flexível
ü
 fita crepe
ü caixa de papelãoü papel vegetalü 2 lâmpadas transparentes ligadas à eletricidade
Modo de fazer- Pegue a cartolina e desenhe a silhueta do personagem que se deseja animar.- Recorte os personagens.- Prenda atrás um fio flexível, com fita crepe ou durex, de modo a possibilitar o manejo das silhuetas.- Pegue a caixa de papelão e abra um quadrado ou retângulo (dependendo do formato da caixa) no fundo. Prenda neste espaço vazado o papel vegetal bem esticado.- Coloque do lado de dentro do palco duas lâmpadas transparentes de 40 ou 60 Watts, uma de cada lado.- Querendo figuras  coloridas, cobrir as latas com papel celofane na cor desejada ou fazer silhuetas vazadas em papel colorido.
 

·
 DIÁLOGO


É talvez a técnica de comunicação mais usada pelo educador.
A capacidade de dialogar deve ser aprimorada pela atenção ao interlocutor, pela sensibilidade para se perceber o não dito, isto é, os sentimentos verdadeiros que estão por detrás da fala, pela capacidade de interromper no momento certo, de resumir as opiniões do grupo e de argumentar  convenientemente.

O diálogo é o instrumento essencial na educação das emoções, para ajudar a identificá-las e oferecer apoio emocional a fim de que o educando fale sobre elas. Ouvir compreensivamente é o segundo momento do diálogo. As vezes, é suficiente para o arrefecimento das emoções em desequilíbrio. No momento seguinte, o educador retoma a fala para indicar os excessos e sugerir uma forma mais adequada de expressar as emoções. Na ocasião oportuna, é importante ajudar a perceber também o sentimento do outro, assim como as conseqüências físicas, sociais e espirituais das emoções em descontrole.

Quando uma criança está excessivamente perturbada por  uma emoção, é necessário levá-la para um lugar onde possa relaxar e ocupar-se com algumas atividades que goste. Só depois de acalmar-se é que podemos iniciar o diálogo. O educador também precisa saber controlar sua ansiedade, nesses momentos, para não perder o autodomínio. Geralmente o sentimento do educando é tocado quando nos relacionamos de maneira empática e sincera. Vamos percebendo que, aos poucos, a estrutura psíquica em desequilíbrio vai-se transformando. Educar emoções e sentimentos é educar o Espírito, com reflexos em todo o ser. Constitui, assim, conteúdo e objetivo da ação educativa holística.

Cabe ao educador conscientizar-se da importância da sua capacidade de dialogar e aprimorá-la, aprimorando também seus sentimentos, pois “a boca fala do que está cheio o coração”.

·
 DINÂMICAS DE GRUPO
São procedimentos sistematizados a fim de se obter uma ação grupal eficaz.

Exemplos de dinâmicas de grupo:

n
 A REPRESENTAÇÃO

OBJETIVOS:· Refletir sobre um tema com a participação de todos. · Ajudar as pessoas de um grupo a comunicarem suas idéias. · Representar uma situação através de dramatização.
ETAPAS:· Escolhido o (s) tema (s), dividir o grupo em dois subgrupos para a representação. · Cada subgrupo  inventa a sua história, distribui os personagens e ensaia a representação. · Fazer a representação diante do grupo. · Refletir sobre a representação feita.


n
 PAINEL DE DISCUSSÃO
OBJETIVOS:· Aprofundar um tema.· Demonstrar ao grupo como se processa uma discussão.· Despertar a capacidade de observação e avaliação.
ETAPAS:
· Escolhe-se cinco pessoas que demonstrem maior conhecimento com referente ao assunto a ser tratado.
· Esse subgrupo debate entre si o assunto, em voz alta.
· O restante do grupo observa em silêncio. · O grupo de observação avalia o painel e pode contribuir para enriquecer o assunto.

n O JULGAMENTO
OBJETIVOS:
· Refletir sobre um tema ou situação de conflito. · Conhecer diferentes aspectos e opiniões sobre o tema, desenvolvendo o discernimento. · Desenvolver a capacidade de argumentar.
ETAPAS:
· Submeter ao grupo a discussão de um problema através de julgamento. · Nomear três pessoas que servirão de jurados. · Dividir o resto do grupo em dois: de acusação e de defesa. · Os acusadores discutem as razões contrárias que apresentarão aos jurados. · Os defensores discutem as razões a favor que apresentarão aos jurados.
· Um representante de cada grupo expõe as razões, em tempo breve. · Os jurados reúnem-se e opinam com base no que foi apresentado. · Suspende-se a sessão, deixando de haveracusadores e defensores.

n ARMADILHA
OBJETIVOS:
· Evidenciar problemas e dificuldades a serem trabalhados.
· Favorecer a participação de todo o grupo.

MATERIAL:
· tabuleiro para o jogo dividido em quadros, em fileiras sinuosas ou quebradas. Alguns quadrados terão indicação de avançar ou  recuar e outros terão um sinal de “armadilha”.
· dado.
· fichas com perguntas.

ETAPAS:

· Formam-se equipes  de duas pessoas para elaborarem as perguntas que ajudem a discutir os problemas, escrevendo-as em fichas.
· Cada participante joga na sua vez, avançando com os pontos dos dados jogados. Caindo numa “armadilha”, apanha um cartão com uma pergunta.
· Esse jogador responde à pergunta, podendo os outros opinar, concordando ou não.
· Ao final, as equipes que formularam as perguntas fazem um resumo do que foi dito de mais importante sobre cada assunto.

Na bibliografia citamos livros que apresentam interessantes dinâmicas de grupo.
· EXPOSIÇÃO ORAL
É uma técnica de ensino cujo recurso básico é a palavra falada, usada em todo o processo de ensino, utilizando-se ou não de recursos didáticos.

Ainda que o educador tenha as qualidades de um ótimo comunicador, não deverá adotar um ensino verbalístico porque, na sua função educativa, seu objetivo não é só ensinar, mas desenvolver o potencial do educando para que ele tenha condições  de pensar, agir e aprender por si mesmo. Não alcançará tais possibilidades se não exercitar-se, se for um mero receptor. Mas, sem dúvida, há momentos em que o educador deverá expor suas idéias, sua argumentação, fazendo-o didaticamente.
· HISTÓRIAS
Entre os recursos que Jesus mais utilizou para ensinar grandes verdades está a história. Histórias simples, da vida cotidiana do povo de sua época, a que chamamos parábolas.
Para a Educação do Ser Integral a história é um recurso muitíssimo valioso porque:
ü agrada a todas as idades;
ü estimula a imaginação, a emoção, o pensamento lógico, ativando tanto o hemisfério cerebral direito quanto o esquerdo;
ü auxilia na configuração mental do que ouve;
ü é uma linguagem emocional que auxilia na compreensão de um assunto e na liberação de tensões;
ü pode auxiliar na resolução de conflitos emocionais por possi-bilitar a identificação do ouvinte com o problema evidenciado e com sua solução;
ü fixa os conteúdos através de imagens que perduram por mais tempo na memória;
ü pode desencadear inúmeras atividades de criatividade.

Quando o educador faz só o apelo ao intelecto nem sempre capacita o educando a sentir, a perceber o “imponderável”. Só o apelo à emoção é manipulação, não contribuindo para a libertação espiritual. A história favorece o sentir e o discernir.
A narração de uma história não é um processo passivo, pois o narrador vai dialogando com o ouvinte, suscitando suas reações, levando-o a refletir.
n Qualidades de Um Contador de Histórias
ü Contá-la com expressão viva, alegre e sugestiva, emocionando-se com os episódios narrados. O tom de voz adequado, claro e agradável é de máxima importância.
ü Conhecer bem o enredo. Não hesitar, ou interromper a narrativa por não saber a continuidade da história.

ü Contar sem gesticulação exagerada. O exagero pode sacrificar o efeito da narrativa, pois as crianças passam a interessar-se mais pela técnica do que pelo conteúdo. Os gestos devem ser sóbrios, simples, mas expressivos, sem monotonia, acompanhando o enredo.
ü Manter condições favoráveis à atenção dos ouvintes, através de providências antes e durante o desenrolar da narrativa, tais como:
- Evitar barulhos próximos, entrada e saída de pessoas etc.
- Não interromper a narrativa com advertências. Faça um sinal significativo ou dirija um olhar ou sorriso, mas não pare para repreender.
- No caso de ser interrompido com uma observação, concorde com um sorriso, se for o caso, ou faça um gesto para que aguarde. Concluída a narração, dê a oportunidade para que o outro fale. Use sempre tato e bom senso nesse relacionamento.
ü Procurar corrigir-se de hábitos como: fechar os olhos, abrir a boca, fazer trejeitos, evitar os cacoetes, defeitos de dicção e estribilhos, tais como: compreendeu?, escuta..., sabe?, aí...
ü Dispensar aos ouvintes a mesmo atenção. Tratá-los com igual simpatia, sem concentrar sua atenção a um grupo limitado de ouvintes.

n Como tornar a história ainda mais atraente

ü  Introduzindo versinhos musicados no decorrer ou no final da narrativa.
ü  Não explicitando a “moral” da história, ao final. Ajude o ouvinte a tirar suas próprias conclusões, através de perguntas que estimulem a reflexão.
ü  Conversando, ao final, para verificar o impacto causado e prolongar o clima emocional.
ü  No caso de ser interrompido com uma observação, concorde com um sorriso, se for o caso, ou faça um gesto para que aguarde.
Evitando fazer observações a respeito de detalhes da gravura.
 ü  Variando os recursos para sua apresentação:
- usando gravuras;
- usando livros;
- com flanelogravuras;
- com tabuleiro de areia;
- com teatro de vara, sombra e outros;
- desenhando a narrativa
- com personagens confeccionados por dobraduras;
- usando um fantoche para animar
- com interferência de palavras, frases, músicas ou
   onomatopéias pelo narrador ou pelos ouvintes;
- com trava-línguas;
- com histórias criadas pelo próprio educando, individual
   ou coletivamente;
- através de gravação dramatizada.

Observações:
- A flanelogravura é adequada às histórias em que os personagens entram e saem do cenário em momentos diferentes. Cada personagem só é colocado no flanelógrafo no momento do seu aparecimento na narrativa e retirado quando sai da cena. O flanelógrafo, assim, possibilita o movimento dos personagens.
- O tabuleiro de areia também favorece a movimentação dos persona-gens e possibilita a percepção de profundidade.
- Quando a história apresentar poucos personagens e poucos detalhes, pode-se torná-la mais interessante confeccionando dobraduras, desenhos, modelagem etc., à medida que for sendo narrada.

n
 Gravação dramatizada

É a utilização de recursos de rádio-teatro como meio de apresentar histórias. Gravar em fita de áudio uma história, lenda, fábula, conto, dramatizando-a, é um recurso interessante pois podemos usar:
ü  diálogos entre os personagens
ü   narrações
ü   efeitos sonoros
ü   músicas
Diálogos
O diálogo é a parte mais importante porque a trama se desenvolve na fala dos personagens. Em algumas histórias predomina a narração e, tanto quanto possível, devemos transformá-la em diálogos, o que prenderá mais a atenção dos ouvintes.
Ao escrever os diálogos devemos usar frases diretas e curtas, imaginar as intenções, os movimentos e expressões dos personagens.
Narrações
A narração mostra elementos da história que não podem ser dramatizados:
ü   descrição dos ambientes onde acontecem os fatos;
ü   relatos do passado que nos ajudam a entender os aconte-cimentos do presente;
ü   relatos sintéticos para evitar aumentar desnecessariamente a história;
ü   a passagem de uma cena para outra.
O narrador não deve:
ü  antecipar o que vai acontecer;
ü  descrever as emoções dos personagens, o que será expresso pelos diálogos, pela música, pelos efeitos de som;
ü  dar lição de moral ao final da história.
Efeitos sonoros
Devem ser sugeridos pela própria narração, para dar-lhe mais realismo, ou mesmo substituir trechos. Os efeitos sonoros podem ser encontrados em fitas e discos, mas podemos produzi-los, como, por exemplo:
chuva - batida ritmada das pontas das unhas numa mesa, ou despejar lentamente arroz sobre lata ou, ainda, amassar papel celofanecavalo - batida ritmada de cocosventania - sacudir papeltrovoada - sacudir folha fina de zinco.
Outros sons podem ser gravados diretamente onde são produzidos: passos, buzinas, vozes, batidas de máquina, ondas do mar etc. Os efeitos sonoros são a linguagem da natureza.
Música
A música deve ser usada nas gravações dramatizadas  para ressaltar os momentos de maior emoção ou substituir parte da narração que descreva essas emoções. À medida que elas se tornam mais intensas, a música deve tornar-se mais forte, transmitindo a emoção.
Nas gravações a música pode ser utilizada, principalmente, como cortina e como fundo.
As cortinas musicais são frases musicais, geralmente de curta duração, usadas para separar cenas, ou no início e término de narrações ou diálogos.
fundo musical acompanha os diálogos ou a narração e são usados para criar mais emoções ou suspense nos momentos decisivos da história.
· JOGOS DE INTEGRAÇÃO
São dinâmicas de grupo úteis nos primeiros encontros do grupo. Possibilitam melhor conhecimento dos participantes e descontraem a fala. Deve-se ter cuidado para que sua duraçãonão se prolongue, prejudicando o objetivo principal da reunião.Há os que não gostam de participar das dinâmicas seja por timidez ou outro motivo. Devemos convidá-los, mas não insistir em demasia, porque a participação, em qualquer dinâmica, deve ser voluntária. Nesse caso, é bom que avaliemos se não há falhas no desenvolvimento da atividade, tornando-a desinteressante, ou mesmo desagradável.
No decorrer do ano, mesmo o grupo já estando integrado, haverá alguns momentos em que caberá a utilização de uma dessas técnicas, pois “integração é um processo evolutivo, lento e que deve ser permanente” (Hilton Araújo).
Exemplos de jogos de integração:

Coro de nomes

O grupo todo em círculo. Cada um, por vez, sai da roda, vai para o centro dela, diz o próprio nome ou apelido (se assim o preferir) duas vezes, em entonações diferentes, no que é, em coro, acompanhado em igual entonação por todo o grupo.
Batata quente
Material: música (fitas), gravador, um objeto que represente a “batata quente”.
O grupo, em círculo, sentado. Inicialmente o coordenador explica o jogo. Ao som da música todos deverão colocar a “batata quente” na mão do participante da esquerda. Quando a música pára, aquele que estiver com a “batata” levanta-se, diz o nome do participante da sua esquerda e afirma:- Fulano é o meu novo amigo deste grupo.Quem for indicado, levanta-se e agradece por meio de um gesto.
História animada
Distribui-se, aleatoriamente, crachás com o nome de todos os participantes e propõe-se a criação coletiva de uma história. O coordenador inicia e cada um, na sua vez, acrescenta uma ação que diz ser executada pelo participante correspondente ao crachá recebido.No decorrer da dinâmica, quando o nome de um participante for nomeado, este levanta-se para que todos o conheçam.
· INTERROGATÓRIO
A técnica do interrogatório é usado para diversos fins:
 
- analisar o que o participante sabe ou pensa sobre um assunto;
- instigar a curiosidade para iniciar uma exposição;
- estimular a reflexão de forma que o participante mobilize suas experiências anteriores e chegue às próprias conclusões.
- relembrar as etapas de uma história narrada;
- destacar causas e conseqüências;
- avaliar compreensão de um assunto;
- promover feedback.

Não devemos usar, com freqüência, perguntas para avaliar conteúdos informativos, pois não é objetivo principal do nosso trabalho.

· LEITURA
Considerando as dificuldades escolares da maioria de nossos  co-participantes, pouco utilizamos a leitura de textos como recurso instrucional. Contudo, devemos incentivar a leitura de bons livros, conforme o nível do educando. Há formas de leitura bem interessantes, que podemos explorar em nossos encontros :
ü   Frase enigmática - algumas sílabas ou palavras são substituídas por desenhos, podendo-se acrescentar ou suprimir letras, conforme a indicação. A criança decodifica e escreve a frase.


 
ü   Criptograma - cada letra é representada por um desenho. Apresentada a chave para decodificação da mensagem, vai-se substituindo os desenhos pelas letras correspondentes, escrevendo-as e, ao final, lê-se a palavra ou frase formada.

Pode-se criar uma chave única para todos os criptogramas.           
                        

ü
   Provérbios - mais usados no trabalho com adolescentes e adultos para:                    
- simples interpretação;
- escolher, entre dois ou mais provérbios, o que tem relação com um caso, história narrada ou desenho.
· Quem corre, cansa; quem caminha, alcança.· Quem tudo quer, tudo perde.· Quem vê a barba do vizinho arder, bota a sua de molho.· Deus escreve certo por linhas tortas.· Deus, quando custa, está na porta.· Mais vale um pássaro na mão do que dois voando.· Mais vale o anzol que o peixe.· Uma andorinha só não faz verão.· Duro com duro não faz bom muro.· A experiência é a mãe da vida.· De pequenino se torce o pepino.
ü   Letras de músicas - para serem cantadas criando expressão gestual.

 
Casa e Lar
Vílma  de Macedo Souza 

Quatro paredes
E um telhadoA casa já está pronta
Abro a porta e posso entrar.Aí existe amor,Carinho e compreensão,É um lar, doce lar!Aí está meu coração!É um lar doce lar!Aí está meu coração!

·  Poesia
A poesia é um recurso que desenvolve principalmente a sensibilidade e a compreensão. Algumas transmitem mensagens, outras são engraçadas ou simplesmente agradam pelo jogo das rimas.
Desde a fase da educação infantil a criança deve acostumar-se a ouvir poesias bem simples, e de preferência com rimas pois estas a agradam. A poesia deve sugerir imagens do cotidiano das experiências infantis. Há belas poesias mas que apresentam conceitos abstratos, outras tratam de sentimentos e situações do cotidiano usando uma linguagem metafórica. As crianças não têm condições de apreciá-las.
Para que a criança aprenda a gostar de poesia, devemos selecioná-la com atenção às imagens que sugere, se podem ser alcançadas pela criança, como também ao vocabulário, que deve ser simples, com frases na ordem direta. A poesia deve sempre ser  agradável de ser ouvida. Na sua leitura, a emoção despertada deve ser expressa pela entonação da voz, modulando-a, adequadamente, em cada verso.
n Formas de apresentar e explorar poesias
Leitura de todo o poema para que seu sentido seja alcançado
Exploração da poesia:
- Apreciar a beleza de cada parte da poesia.
- Encenar a poesia ao som de música.
- Pintura.
- Desenho coletivo a partir de dobraduras.
- Musicar a letra.
- Fazer um jogral com uma parte da poesia cantada.
- Cópia da poesia com ilustrações feitas pelas crianças.
- Organizar uma coletânea de poesias.

Devemos ter tato e sensibilidade para sentir o que criança deseja realizar! Evitar que o momento da poesia, que deve ser de encantamento, seja prejudicado pela imposição de atividades.
Outras formas de explorar as poesias:ü   Apresentando quadrinhas incompletas para que as crianças criem uma rima.

ü
   Reescrever uma poesia ou letra de música mudando o personagem e adequando suas ações.
ü   Apresentar poesia em forma de jogral
ü   Estimular a criação de poesias a partir de um tema de interesse.
Conversa-se sobre o tema, analisando características, fazendo comparações, explorando emoções. Em seguida coloca-se música suave, faz-se silêncio, deixa-se a criança criar livremente, usando ou não rimas. O importante é a emoção poética.

·  SITUAÇÃO - PROBLEMA

É geralmente apresentada pelo educador, mas pode partir de um participante, em forma de dúvida. É o momento do educador devolvê-la ao grupo para que este opine, buscando a solução.

A situação - problema é um desafio que pressupõe uma análise, um julgamento para encontrar um ou mais caminhos de solução. A ocorrência de várias hipóteses para a resolução da situação-problema significa, geralmente, amadurecimento da consciência moral, quepassa a considerar as nuanças de cada situação, ao invés da aplicação da regra moral “engessada”.

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