domingo, 12 de janeiro de 2014

Fronteiras da Vida (parte 1)

FRONTEIRAS DA VIDA

            (Cortina musical. Reduzir o volume para entrar a voz do narrador).

NARRADOR- Rogério e Eduardo estavam saindo da escola. Combinavam o horário para encontrarem-se no local da competição de judô. Rogério sonhava em trazer a medalha de vencedor, concorrendo pela escola. Logo que o sinal de trânsito tornou-se verde, os jovenzinhos, em conversa animada, caminharam para a travessia da larga avenida próxima à escola. De repente perceberam que um carro aproximava-se em alta velocidade. Tentaram recuar...
        (Efeito sonoro de abalroamento e pessoas falando alto)

O choque foi inevitável. Vários transeuntes tentaram prestar socorro. A ambulância foi chamada e em poucos minutos estava no local. Em estado grave, Rogério foi levado para um hospital.
Eduardo, porém, morrera imediatamente. A escola incumbiu-se de dar a dolorosa notícia aos pais e auxiliar nas providências para o enterro do corpo de Eduardo. No hospital a equipe médica tudo fazia para salvar a vida de Rogério, mas o estado dele agravava-se. Os médicos permitiram que a mãe permanecesse a seu lado.
Fig 1- Pela madrugada, Rogério, inconsciente, pareceu ouvir uma voz conhecida. Olhou e viu, junto à sua mãe, a prima Clotilde, que já havia morrido há alguns anos. Estava mais bonita do que nunca e irradiava uma claridade suave.
Fig 2- Rogério quis falar-lhe mas não conseguiu. Clotilde aproximou-se dele, passou a mão demoradamente sobre sua cabeça e seu coração. Rogério não mais sentiu dores. Adormeceu e, de vez em quando, como num pesadelo, ouvia sua mãe chorando muito e pedindo que não a deixasse, o que tornava Rogério muito aflito.Em determinado momento, Clotilde chamou-o:
– Rogério, podemos partir agora. Fique tranqüilo.
Fig 3 Rogério sentiu que deixou o corpo, saiu pela porta e, sempre amparado pela prima, viu-se como que “voando” pelo espaço. Suavemente adormeceu (cortina musical).
Fig 4- Quando acordou estava num quarto diferente. A porta do quarto abriu-se e junto com Clotilde, entraram alguns familiares de Rogério. Mas ... todos eles já tinham morrido! O rapaz concluiu rápido e falou com tranqüilidade, pois já tinha conhecimento da vida depois da morte:
– Ah! Eu também morri, não é, Clotilde?
Fig5- Enquanto os familiares abraçavam felizes o recém-chegado, Clotilde explicou:
– Não, Rogério. Você apenas deixou o corpo físico, mas não morreu. Todos nós continuamos a viver. Apenas em outro plano da vida. E Deus permitiu que você ficasse morando conosco.– Interessante, Clotilde, que não tenho mais dores, mas sinto-me muito fraco.– Um médico virá vê-lo daqui a pouco.
Fig 6- Depois que todos saíram, entrou um simpático médico que examinou e conversou com Rogério. Em seguida encheu um copo com água e concentrou-se como se estivesse orando.
De suas mãos saíam raiozinhos de luz que se misturavam à água. No final o médico falou:
– Esta água tem o remédio de que precisa. Para você fortalecer-se, precisará ajudar com bons pensamentos de coragem e alegria. Não pense, por enquanto, no que deixou na Terra. Este será seu treinamento todos os dias.
Fig 7Em pouco tempo, Rogério sentiu-se revigorado. Clotilde pôde levá-lo para passear e ele viu, surpreso, que tudo se assemelhava à Terra, porém com mais beleza: casas, escolas, árvores e flores. Pessoas também passavam ligeiras em direção ao trabalho.
Na visita à escola, Rogério matriculou-se, pois recebera permissão do médico.
E, no dia seguinte, começou uma nova fase na vida espiritual do jovem...
(Continua )


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